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Ponencia del Instituto Federal de Educación, Ciencia y Tecnología de Rio Grande del Sur/ IFRS


CERAMICANDO NAS ESCOLAS DE EDUCAÇÃO BÁSICA
PARA O RECONHECIMENTO DA INTERCULTURALIDADE

 Projeto: Ceramicando na escola
Apoio: Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul - IFRS
Extensão - Campus Feliz. Artigo Propositivo Inédito
Abril, 15 a 22 de 2016, Feliz/RS - Brasil

RESUMO: Este artigo traz à tona os modos de ver e pensar a cerâmica e sua potencialidade educativa num projeto que propõe o desenvolvimento de ações compartilhadas a partir das demandas recebidas das escolas da região do Rio Caí, RS, Brasil. Surge do interesse em proporcionar aos educandos uma aproximação com a cerâmica nas abordagens educacionais, referentes à inclusão das relações étnico-raciais africana e indígena, no currículo escolar, bem como conteúdos da história e da arte. Desse modo o projeto tem por objetivo desenvolver ações extensionistas que promovam a visibilidade da cerâmica contextualizando abordagens curriculares da educação para as relações étnico-raciais, com os alunos da educação básica, por meio de ações que proporcionem experiências no campo da cerâmica, ampliando o conhecimento sobre a formação intercultural do povo brasileiro. A metodologia da proposição estético-pedagógica se desenvolve nas oficinas, palestras e exposições, no espaço das escolas e do IFRS - Câmpus Feliz. As ações em andamento colocam a cultura cerâmica e sua potencialidade educativa no contexto das escolas para oportunizar uma experiência perceptiva singular e sensível aos participantes, contribuindo para o reconhecimento da responsabilidade social e da interculturalidade que constitui o povo brasileiro.

Palavras-chave: cerâmica, proposição estético-pedagógica, educação básica.



Ponente en el auditorio Hemiciclo, Universidad de Bogotá Jorge Tadeo Lozano/UTADEO

INTRODUÇÃO

No contexto intercultural cotidiano lidamos com o que nos toca, com o que nos é dado a ver, com o que proporciona saberes e nos torna sujeitos participativos de um lugar, reconhecendo suas potencialidades e diversidade. Sendo assim, mobilizar aproximações da cultura cerâmica com a comunidade escolar, para além do que já é compartilhado no cotidiano onde vivem, insere-se como possibilidade para podermos estabelecer outras relações sociais e educativas que reinventem uma perspectiva inventiva criadora na participação de cada um.
O Vale do Rio Caí, onde se localiza o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul/ IFRS - Campus Feliz, destaca-se pela produção de cerâmica e oferece oportunidades de trabalho e renda para a comunidade e região. Neste contexto, a cerâmica estrutural é predominante, entretanto, o segmento da área pode abrir espaços e colocar em visibilidade aspectos desse campo que apresenta outras possibilidades de criação e produção cultural.
Considerando esta realidade, algumas ações extensionistas foram deflagradas no evento “Dia do artista ceramista na América Latina”, realizado em 28 de maio de 2013, envolvendo os alunos e os servidores da instituição, para colocar em visibilidade as produções cerâmicas, muitas vezes pouco conhecidas (Diehl, 2014).
A partir de 2014, a proposta nomeada “Ceramicando” acontece anualmente, inclui as ações do “Dia do artista ceramista”, como também, outras proposições que são elegidas a cada edição, considerando as demandas que surgem, para difundir as diferentes possibilidades da cultura cerâmica.
A proposta da edição de 2016 surgiu pela demanda de professores das escolas de educação básica, iniciada em 2015, que demonstraram interesse e fizeram contatos solicitando atividades para seus alunos. O interesse estava na cerâmica para contextualizar abordagens do currículo escolar, de modo a oportunizar experiências teórico-práticas diferenciadas do que tem sido experimentado nas aulas cotidianas. Assim, em 2015, fizemos algumas oficinas iniciais que apresentaram resultados interessantes e positivos com entusiasmada participação dos educandos e professores.
Ao pensar na proposta curricular para a educação no Brasil e nas solicitações dos professores, surgiu o interesse na “Educação para as Relações Étnico-raciais”, orientada para a divulgação e produção de conhecimentos com embasamento na Lei 11.645/2008, e prevê no artigo 26-A: “nos estabelecimentos de ensino fundamental e de ensino médio, públicos e privados, torna-se obrigatório o estudo da história e cultura afro-brasileira e indígena” (Brasil, 2008). Estas etnias têm expressiva produção cerâmica, constituindo um campo aberto para as abordagens educacionais.
Desta forma, o projeto surge como uma possibilidade na educação para as relações étnico-raciais, de modo a contribuir para a preservação da memória e do patrimônio cultural e para o desenvolvimento das manifestações artísticas e culturais, contemplando diretrizes extensionistas no âmbito da responsabilidade social.
Para tanto, o projeto tem por objetivo desenvolver ações extensionistas que promovam a visibilidade da cerâmica contextualizando abordagens curriculares da educação para as relações étnico-raciais, com os alunos da educação básica, por meio de ações que proporcionem experiências no campo da cerâmica, ampliando o conhecimento sobre a formação intercultural do povo brasileiro.
Estas oportunidades para o desenvolvimento, difusão e valorização da cerâmica contribuem para o reconhecimento de suas potencialidades na arte e na educação, para a formação do povo brasileiro com o legado intercultural que nos constitui.

Contextualizando a interculturalidade na cerâmica

A cerâmica está presente na vida do homem deste o princípio da história fazendo parte do cotidiano de muitas culturas, nos utensílios domésticos e nas figuras ritualísticas como pequenas esculturas e outros objetos. Desde então temos conhecimento da cerâmica especialmente nos registros que permaneceram ao longo dos anos e nas produções que têm acompanhado o desenvolvimento das civilizações e, neste contexto, a cerâmica tem mais destaque e potencialidade em algumas culturas.
 “Tratar de cerâmica, por princípio, já é lidar com contrastes: seja na oposição entre a maleabilidade da massa e a resistência alcançada na queima, seja pelas referências recorrentes, ainda que no senso comum, de um fazer que resulta tanto em utilitários cotidianos, quanto em esplêndidos exemplares de sofisticação plástica” (Grinberg, 2008).
No Brasil, a cerâmica tem se destacado industrialmente, artisticamente e artesanalmente. Temos um setor de produção cerâmica industrial com muita qualidade e desenvolvimento tecnológico, como também, temos uma produção artesanal intensa, que ainda demanda muitos investimentos de todas as ordens.
Entre tantas manifestações, destacamos as produções cerâmicas de diferentes etnias, em especial da africana e da indígena, pelas contribuições para a formação cultural do povo brasileiro. Nas manifestações culturais destes grupos citados, a cerâmica é um elemento presente, com referências identitárias, constituindo aspectos de representação social.
Nas culturas indígenas, a cerâmica caracteriza-se por uma produção artesanal, típica de algumas tribos do território nacional, representando aspectos da vida cotidiana. Comumente, apresentam representações de animais, grafismos geométricos nas superfícies das peças, que podem ser urnas funerárias, figuras escultóricas e objetos utilitários de uso cotidiano, como potes e cumbucas que auxiliam no armazenamento de alimentos e outros produtos.
Na cultura africana destacamos, na área da cerâmica, as máscaras ritualísticas com características étnicas bem marcantes e as esculturas que representam animais e figuras humanas, ricas em detalhes e texturas.
Em cada cultura, a produção cerâmica têm processos de modelagem específicos, tratamento de superfície, materiais, processos de queima, acabamentos com revestimentos e tudo o mais que envolve este processo com características próprias de cada grupo étnico (Frigola, 2006).
É uma produção cuidadosa com identidade que ainda encontra destaque e comercialização nacional e internacional.
O Brasil é marcado pela miscigenação, mestiçagem, diversidade de culturas, sobre o que, Richter escreve partindo do termo “multiculturalidade”, que

tem sido utilizado como sinônimo de “pluralidade ou diversidade cultural”, indicando as múltiplas culturas hoje presentes nas sociedades complexas. No entanto, é a denominação de “multicultural” que se encontra consagrada na literatura, tanto na área da educação quanto da arte-educação, pois é dessa forma que a questão da diversidade vem sendo estudada e discutida há muito tempo. Atualmente, vem sendo utilizado o termo “interculturalidade’, que implica uma inter-relação de reciprocidade entre culturas. Esse termo seria, portanto, o mais adequado a um ensino-aprendizagem em artes que se proponha a estabelecer a inter-relação entre os códigos culturais de diferentes grupos culturais. No entanto, convivemos hoje com todas essas denominações, aparecendo como sinônimos. (Richter, 2003, p. 19)

Na escola, o ensino da arte deve contribuir para a interculturalidade no conhecimento das culturas (Lei 11.645/2008), que cooperam, no sentido de “operar juntas”[2].
As abordagens culturais no contexto educativo foram inseridas nos currículos pela “Educação para as Relações Étnico-raciais”, orientada para a divulgação e produção de conhecimentos interculturais.
Estas condições que as manifestações culturais operam nos convocam para um diálogo intercultural com a educação, pois, ao mesmo tempo em que movimenta subjetividades, evoca uma compreensão constituída dos saberes da experiência que fundam o conhecimento a partir das relações.
Quando compartilhamos a cultura cerâmica produzida pelos diferentes etnias, podemos proporcionar singularidades do sentir, pensar e fazer, num movimento de interações perceptivas, experimentais, criativas, críticas e participativas, para que possamos desaprender as obviedades que vêm sendo institucionalizadas na formação educativa e provocar reflexões acerca das responsabilidades sociais que podemos assumir.

METODOLOGIA

A metodologia deste projeto está fundamentada numa proposição estético-pedagógica[3] que é constituída como um lugar de liberdade para experimentações que podem provocar a criação inventiva, as práticas e a produção de fazeres e saberes com os participadores, como um convite a atribuírem e ampliarem significados e sentidos do vivido, no entre-lugar habitado pela cultura, neste caso, a cerâmica. (Diehl, 2015).
De modo geral, a proposta envolve ações que compreendem oficinas, palestras e exposições implicadas em atender às orientações da política educacional brasileira que institui as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana (2004) nas instituições educacionais, com atenção ao documento que apresenta as orientações a ações para a abordagem da temática.
Num primeiro momento, as culturas indígena e africana são definidas e pesquisadas pelos proponentes do projeto, com a colaboração do professor da área de História. O estudo contempla os aspectos culturais dos grupos étnicos elegidos, a expressão cerâmica identitária, os procedimentos técnicos de modelagem e revestimento e os processos de queima desenvolvidos nos processos do fazer.
Este material produzido na pesquisa teórica será utilizado para constituir um material pedagógico de referência que contextualiza a abordagem das ações do projeto nas palestras, oficinas e exposições.
As palestras nas escolas acontecem por demanda recebida e vão proporcionar o conhecimento e reflexões de aspectos acerca da cultura cerâmica das etnias que constituem a formação do povo brasileiro, suas contribuições, destacado a responsabilidade social de cada um dos participantes no contexto onde vivem.
No âmbito das oficinas (também compreendida como um espaço de atelier), a proposição estético-pedagógica acontece como um lugar de encontro, onde os saberes se integram e somam-se as vivências pessoais e referências culturais, a partir das proposições que instauram experimentações e movimentam processos sensíveis, éticos, críticos, estéticos, cooperativos, criadores e inventivos na produção de saberes.
A abordagem do projeto nas oficinas é facilitadora de um contexto para a criação e investigação como forma de conhecimento. Caracteriza-se como um lugar de liberdade, de fazeres, de ensino e de aprendizagem que acontece compartilhado nas relações interculturais dos participantes.
A interação pedagógica acontece sem padrões organizacionais rígidos, sem uma metodologia restritiva, mas com responsabilidade e comprometimento educativo, quando há liberdade para o que pode produzir aprendizagens significativas.
A oficina estabelece um conjunto de práticas coletivas de organização, eventos, que propõem a vivência para os educandos na sua pluridimensionalidade ao pensar, sentir e agir, nas relações produzidas pela arte.

[...] a oficina é um espaço em que se trabalha sem distinção entre intelectual e manual. Também implica a maneira de produção apropriada. [...]. A oficina é um espaço de troca que evolui pela capacidade de seus membros e do sistema em sua inteireza [...], favorece diferentes maneiras de pensar, sentir, perceber, emocionar-se e expressar a produção de um saber, do que somos e de quem nós somos (ORMEZZANO, 2001, p. 82-85).

Na maioria das instituições, não há um lugar próprio, que não seja na sala de aula, e limitados recursos materiais para serem realizadas as propostas educativas em arte. Nesse contexto, juntamente com os educadores buscamos alternativas para adequar os espaços disponíveis às necessidades dos encontros.
Para tanto, as oficinas são planejadas em dois módulos, para acontecerem em quatro escolas, no contra turno das aulas. Contemplam a temática da cerâmica africana e/ou indígena que é abordada na educação básica, a partir da indicação dos professores ou da coordenação do projeto, depois de uma sondagem de campo que elenca os grupos participantes da proposta.
Os módulos das oficinas são realizados no espaço das escolas para que os professores considerem e se apropriem das possibilidades de desenvolvimento dos processos cerâmicos no ambiente escolar com os recursos disponíveis.
 O primeiro módulo da oficina propõe a contextualização com a apresentação expositiva, por meio de audiovisual sobre o tema, seguida da criação e produção cerâmica dos participantes, com a orientação dos passos para a modelagem de uma peça com processos básicos e representação de referenciais culturais. Os participantes recebem detalhadas orientações sobre as características técnicas e cuidados necessários ao processo de modelagem e secagem das peças.
O segundo módulo da oficina acontece quando as peças estiverem secas e propõe o desenvolvimento da queima em processos primitivos, como o forno de tijolos ou recipiente metálico (Vidal & James, 1997), tendo como material combustível o resíduo de madeira, comum na região. Os alunos acompanharão o conjunto de procedimentos para que, ao final, possam fazer a avaliação do processo.
Por fim, será organizada a apresentação expositiva das peças produzidas nas oficinas colocando em visibilidade a cerâmica, seus processos do fazer e suas contribuições interculturais.

RESULTADOS ESPERADOS

A avaliação da proposta por meio de observação direta e diálogo com relatos dos participantes, bem como registros fotográficos, subsidiará os resultados apresentados para respondermos ao questionamento: Quais as contribuições da cultura cerâmica na abordagem curricular da educação para as relações étnico-raciais, na educação básica? 
Considerando os resultados esperados podemos elencar:
  • As ações deste projeto são articuladas com as abordagens curriculares na educação básica para a educação das relações étnico-raciais.
  • Nos grupos étnicos, indígena e africano que integram esta proposta, encontramos expressiva produção cerâmica.
  • A abordagem teórica e prática da cultura cerâmica pode proporcionar uma experiência perceptiva singular e sensível.
  • O conjunto de ações propostas intenta estimular e fomentar a produção de conhecimentos, para além do contexto das aulas regulares com oficinas, palestras e exposições.
  • A proposição estético-pedagógica compartilhada a partir da experiência e dos saberes vividos, que movimentam a criação inventiva dos educandos participadores, contribui como facilitadora dos processos de produção do conhecimento com diálogo e liberdade.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Ao encontro da demanda da comunidade escolar, a proposta está em andamento e a sua continuidade representa a condição para a apresentação dos resultados conclusivos pertinentes.
A cultura cerâmica tem relevante potencial a ser explorado para contribuir na arte e na educação em cooperação. Ao compartilhar a cultura cerâmica proporcionamos experiências teórico-práticas sensíveis, criadoras e relacionais.
A constituição do povo brasileiro é plural e precisa ser abordada de forma que os educandos tenham acesso e conhecimento dos aspectos interculturais, de modo a valorizar e reconhecer os limites e possibilidades que se colocam na convivência social responsável.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BRASIL, Ministério da Educação (2004). Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana. Resolução Nº 1, de 17 de junho de 2004. Recuperado em 20 de abril, de http://portal.mec.gov.br/cne/arquivos/pdf/res012004.pdf
BRASIL, (2008). Lei 11.645 de 10 de março de 2008. Recuperado em 03 de março, de  http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2008/lei/l11645.htm
BRASIL, Ministério da Educação (2006). Orientações e Ações para a Educação das Relações Étnico-Raciais. Recuperado em 20 de abril, de  http://portal.mec.gov.br/dmdocuments/orientacoes_etnicoraciais.pdf
DIEHL, V. (2014). Dia do artista ceramista na América Latina. Revista viver IFRS 2(2), p. 81-84.
DIEHL, V. (2015). Educadorartista: encontros da educação, artes visuais e intercultura. Santa Maria: UFSM, 2015. Tese (Doutorado em Educação), Centro de Educação, Universidade Federal de Santa Maria.
FRIGOLA, D. R. (2006). Cerâmica Artístistica. Lisboa: Estampa.
GRINBERG, N.(2014). Gestos de contemporaneidade: um recorte sobre a cerâmica ocidental na China. Recuperado em 20 de fevereiro, de http://normagrimberg.com.br/artista/palestras/palestra/gestos-de-contemporaneidade-um-recorte-sobre-a-ceramica-ocidental-na-china
RICHTER, I. M. (2003). Interculturalidade e estética do cotidiano no ensino das artes visuais. Campinas: Mercado de Letras.
VIDAL, J. & James, P. (1997). Ceramicando. São Paulo: Callis.

 VIVIANE DIEHL
Dezembro, 31 de 1964, Carazinho/RS – Brasil  
Rua Alfredo Spier, nº 168, Bairro Vila Rica, CEP 95770-000, Feliz/RS - Brasil

Educadorartista, cuja formação contínua tem sido produzida há muito tempo no campo educação e das artes visuais, onde foi descobrindo a cerâmica, iniciadas em 1990.
Na graduação, concluiu em 1989, o curso de Educação Artística, com a licenciatura e o bacharelado em Artes Plásticas, seguido de algumas especializações em Cerâmica, Arteterapia, Tecnologias da Informação e Comunicação na Educação. Em 2006, finalizou o Mestrado em Educação, na Universidade de Passo Fundo (RS/Brasil) e, em 2015, o Doutorado em Educação, na Universidade Federal de Santa Maria – UFSM/ Brasil.

Iniciou a docência em 1983, na Educação Básica da rede pública compartilhada com a educação no Ensino Superior, especialmente na cerâmica, nos cursos de licenciatura e bacharelado em Artes e Pedagogia, em instituições privadas do RS e SC, e na Universidade Federal de Santa Maria (UFSM/RS).

As incursões no espaço do atelier foram se consolidando ao longo dos anos entre aulas de arte e produções artísticas. Administrou uma indústria artesanal em cerâmica com colaboradores profissionais.
No diálogo do processo criativo com a produção plástica artística em cerâmica surgem as séries mais recentes nomeadas “Muitas Luas”, “Paisagens do Tempo” e “Encontros” com reflexões do caráter cíclico e singular nas relações da vida cotidiana, no fluir do viver.
Participa continuamente de exposições individuais e coletivas, mostras, salões, congressos e outros eventos em âmbito nacional e internacional, com premiações, e publicações de artigos e capítulos de livros. Destaca as residências artísticas na Turquia, em 2011, e de Cuba, em 2012.
É líder do grupo Coletivo de Estudos em Linguagens e Artes – CELinA, integra o Núcleo Kitanda (Grupo de Pesquisa em Educação e Intercultura) e o GEPAEC (Grupo de Pesquisa em Arte, Educação e Cultura).
Atualmente, atua indissociadamente no ensino, na pesquisa e na extensão, como educadorartista no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul (IFRS) – Campus Feliz, na área de Arte/Cerâmica, com apoio financeiro, é coordenadora de Ações Extensionistas.

Última atualização: 18 de abril de 2016, Feliz, RS/Brasil





[1] Feliz, RS/Brasil, 1964, Licenciada em Educação Artística - Habilitação em Desenho e Plástica, pela Universidade de Passo Fundo, RS, Mestre em Educação, Doutora em Educação na Universidade Federal de Santa Maria, RS, Especialista em Cerâmica. Educadorartista do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul, na área Artes/Cerâmica. Integra o coletivo “Laberintos Borgeanos" media Lab Artes del Fuego. Colaboradora do Grupo de Estudos e Pesquisas em Arte, Educação e Cultura (GEPAEC/UFSM), e integrante do Grupo de pesquisa Kitanda, Líder do Coletivo de Estudos em Linguagens e Artes – CELinA, diretório CNPq, CV: http://lattes.cnpq.br/3362993760927367. E-mail: viviane.diehl@feliz.ifrs.edu.br
[2] Teoria da Cooperação a partir de Humberto Maturana (1985-1993 apud Franco, 2002).
[3] Proposta apresentada na tese “Educadorartista: encontros da educação, artes visuais e intercultura”, defendida em novembro de 2015, na Universidade Federal de Santa Maria, RS, Brasil.

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